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Corridinho – reflexões de uma semana corrida

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Corridinho - reflexões sobre uma semana corrida - Por Laura Nolasco

A minha mente tem umas coisas esquisitas: Quando estou com muito  tempo livre nunca penso em coisas diferentes pra fazer; Fico deitada reclamando do tédio porém com preguiça demais pra sair dele. É só a agenda ficar mais cheia que começo a pensar em mil e uma coisas que queria fazer e planejar nos poucos momentos livres tudo que vou fazer quando tiver tempo – opa, adivinha? Quando as tardes livres voltarem ou não vou lembrar mais de nada ou vou parar pra “dar uma descansada” e cair de novo no ciclo da procrastinação eterna.

É assim que tem sido esse mês – resolvi finalmente fazer coisas que estava adiando há muito tempo e agora estou desesperada porque não tenho tempo pra nada. Sobrecarregada mesmo. Saindo de casa cedo e voltando tarde da noite. E minha mente está mega animada pensando em sair do sedentarismo, aprender a costurar, tentar aprender a fazer aquarelas, sair sozinha pra fotografar os lugares x e y… Quero só ver como vai ser quando o ritmo voltar ao normal – se é que vai voltar assim tão cedo.

No meio disso tudo tô sentindo falta de escrever por aqui. Mas ao mesmo tempo sem conseguir pensar em assuntos muito externos a tudo que tô vivendo, mas ainda sem conseguir falar sobre tudo isso. É um misto de “quero compartilhar” com um “realmente alguém quer saber disso?” e um toque de “Até onde posso compartilhar?”. Eu tenho aquela mania de só querer compartilhar as coisas quando elas dão certo – não por achar que alguém vai sacanear nem nada disso – discordo totalmente daquela história de que é mais feliz quem esconde as próprias alegrias, sabe? – mas porque tenho medo de me frustrar e acabar tendo que me explicar e tudo o mais.

Isso tudo me leva a mais uma reflexão: Até onde é saudável compartilhar minha vida por aqui? Em alguns momentos eu queria poder contar cada segundinho do dia, em outros acho que ninguém tem tanto interesse assim pela minha vida – que tá longe das vidas de instagram– e ainda em outros tenho medo de expor demais. As vezes sinto raiva porque nunca acho que estou expondo demais, mas penso que os outros acham que estou expondo demais e mesmo sabendo que não devia me importar com isso, eu me importo.

Eu cresci junto com esse cantinho aqui – vale lembrar que ele nasceu quando eu ainda tinha 12 anos e tava no auge das transformações da adolescência. Muitos começos e fins estão registrados aqui, faz parte da minha vida. As vezes eu só queria que fosse como no começo e ninguém conhecido soubesse da existência do blog, mas não é bem assim… A minha maior dificuldade ainda é que as pessoas mais próximas de mim tenham acesso ao que eu escrevo. Sei que outras blogueiras me entendem, queria saber como elas lidam com isso. Falar de medo, insegurança, ansiedade… Tudo isso é muito mais difícil quando as pessoas ao seu redor vão ler.

Fico aqui procurando o equilíbrio e tentando não surtar. Planejando posts que ainda não tive coragem de postar. Lendo os blogs tão incríveis que acompanho e duvidando que esse medo já tenha existido na cabeça de alguém algum dia. E tentando lembrar que sim, todo mundo aqui nesse mundo dos blogs é humano e que, se não foram esses os medos, com certeza foram outros. Enquanto isso, peço desculpas pelos surtos reflexivos e posts talvez confusos demais pra serem compreendidos por qualquer um que esteja fora da minha cabeça e agradeço pelo carinho e companhia de sempre.

 

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